Você sabe o que é LGPD nas empresas? A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados – Lei nº 13.709/2018) é a legislação brasileira que regula como empresas e órgãos públicos devem coletar, armazenar e usar dados pessoais. Seu objetivo é proteger a privacidade dos cidadãos e garantir mais segurança na forma como as informações são tratadas.
Essa lei é primordial para que os clientes tenham seus dados protegidos e seguros de qualquer ataque ou exposição por parte das empresas.
Contudo, apesar do crescimento exponencial do atendimento digital no mercado empresarial, muitos empreendedores não sabem o que significa essa lei, como adequá-la ao seu atendimento, qual sua funcionalidade e assim, acabam coletando dados indevidamente e correndo o risco de sofrer processos, multas e até podendo ter seu número banido pela Meta.
Mas calma, apesar desses riscos, cumprir essa lei é tranquilo desde que você entenda para que ela serve e o que fazer para seguir coletando dados sem descumprir a norma.
Para a sua sorte, nós da Poli Digital fizemos esse artigo explicando tudo sobre a LGPD, o que significa, para que serve, quais dados ela protege e principalmente, como adequá-la no seu atendimento para seguir utilizando o WhatsApp. Confira!
O que é LGPD nas empresas e para que serve?
A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) é uma lei que assegura os dados e informações de consumidores coletados por empresas. Ela vai fiscalizar como os negócios estão utilizando os dados dos seus clientes, evitando vazamentos, ataques, exposição e/ou alteração desses dados.
Com a LGPD em vigor, toda empresa que usa WhatsApp ou qualquer outra plataforma digital para atendimento precisa se preocupar com a forma como coleta, armazena e utiliza os dados dos clientes. Ignorar isso pode trazer riscos jurídicos e financeiros.
Quais dados a LGPD protege?
Alguns dos dados que a LGPD protege de exposição são:
- Dados básicos: nome, CPF, data de nascimento, endereço, e-mail, número de contato
- Dados financeiros: conta bancária, cartões de crédito e débito, senhas do banco
- Dados digitais: localização via GPS, cookies, histórico de navegação, informações de compras online
São dados comuns, muito utilizados e que estão presentes em diversos tipos de interação entre cliente e empresa. E é essa movimentação frequente que os tornam tão sensíveis.
Por ser uma interação frequente, as empresas muitas vezes esquecem que ainda são dados que precisam ser protegidos, que ainda são dados pessoais muito importantes dos clientes e que eles não divulgariam se não houvesse uma garantia que suas informações estão seguras.
Qual o impacto da LGPD nas pequenas e médias empresas?
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) realizou, em 2024, uma fiscalização em 20 empresas de diferentes setores, identificando irregularidades no cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Entre as organizações notificadas estavam nomes amplamente conhecidos no mercado digital, como: TikTok, X (antigo Twitter), Uber, Cacau Show e Latam Airlines.
Vemos, portanto, que nem mesmo marcas consolidadas estão imunes à responsabilidade de proteger os dados e informações de seus consumidores. Mas o ponto principal é que as PMEs (Pequenas e Médias Empresas) também estão no radar da fiscalização e, na prática, são as que mais sofrem para se adequar.
Para uma PME, o impacto da LGPD vai muito além de um simples ajuste técnico ou jurídico. Ele envolve organização de processos e fortalecimento das relações com os clientes. Veja os principais pontos de atenção:
Responsabilidade igual para todos os portes
A LGPD não diferencia uma grande corporação de pequenas empresas quanto às obrigações de proteção de dados.
Mesmo negócios com poucos funcionários precisam garantir consentimento, registro de tratamento, segurança das informações e possibilidade de exclusão de dados quando for requisitado pelo cliente.
Em 2023, apenas 36% das PMEs estavam em conformidade com a LGPD, segundo levantamento da ABEPD.
Risco financeiro e reputacional
As multas da LGPD podem chegar a 2% do faturamento da empresa, com um limite máximo de R$50 milhões por infração. Além das multas simples, existem outras penalizações que a ANPD pode aplicar na empresa, como advertências, sanções, bloqueios e até suspensões/exclusões do uso de dados em atividades específicas.
Mas o maior prejuízo, na prática, é o reputacional: um vazamento de dados ou uma denúncia no Procon pode comprometer a confiança dos clientes e manchar a marca, algo difícil de reverter, principalmente em mercados locais.
Falta de estrutura interna
A maioria das PMEs não têm equipe jurídica ou uma equipe específica voltada para esse cuidado com os dados. Isso leva as empresas a práticas informais, como armazenar dados de clientes em planilhas pessoais, enviar mensagens sem consentimento ou não registrar o histórico de atendimento.
Esses comportamentos simples podem gerar autuação, pois caracterizam tratamento de dados sem base legal.
Oportunidade de diferenciação
Cumprir a LGPD não deve ser visto apenas como um custo, mas como um diferencial competitivo.
Empresas que comunicam com transparência, organizam seus cadastros e demonstram respeito à privacidade constroem relações mais duradouras e confiáveis com o cliente.
Isso fortalece a imagem da marca e, em muitos casos, melhora até as taxas de conversão e recompra.
Como a tecnologia facilita a adequação
A boa notícia é que a conformidade com a LGPD não precisa ser burocrática.
Existem plataformas de atendimento que ajudam a centralizar informações, registrar consentimentos e automatizar mensagens dentro dos limites legais da Meta e da legislação brasileira.
Essas soluções reduzem o risco de erro humano e mantêm a empresa dentro das boas práticas exigidas pela ANPD.
Como adequar seu atendimento à LGPD no WhatsApp
O WhatsApp se tornou o principal canal de comunicação entre empresas e clientes no Brasil. São mais de 97% dos brasileiros que usam o aplicativo todos os dias, e boa parte das interações comerciais já acontece por ali.
Essa praticidade é uma grande vantagem, mas também traz um desafio: como usar o WhatsApp para atendimento de forma segura e em conformidade com a LGPD?
Adequar o atendimento no aplicativo à lei não é apenas uma exigência legal, é uma forma de construir confiança e profissionalismo com o cliente. Cada mensagem enviada representa um tratamento de dados, e é nesse ponto que muitas PMEs acabam se complicando.
A boa notícia é que se adequar não é complicado. Basta seguir algumas boas práticas que colocam o seu negócio em conformidade com a lei e ainda fortalecem sua reputação digital:
Peça consentimento antes de iniciar uma conversa
Antes de começar qualquer atendimento ativo (como ofertas, cobranças), informe o cliente de forma clara que seus dados serão usados apenas para aquele fim. Uma mensagem simples como:
“Olá! Para continuar o atendimento, confirmamos que seus dados serão usados apenas para responder sua solicitação, conforme nossa Política de Privacidade.”
Esse tipo de aviso já garante transparência e mostra respeito pela privacidade do cliente.
Colete o mínimo de dados
Peça apenas as informações realmente necessárias para o atendimento. Se o objetivo é emitir um boleto, por exemplo, não há motivo para pedir CPF ou endereço completo. Quanto menos dados você coleta, menor o risco de vazamentos e incidentes.
Evite usar números pessoais para atendimento
Um erro comum entre PMEs é misturar conversas pessoais e comerciais no mesmo número. Além de confundir contatos, isso dificulta o controle e o armazenamento seguro das informações.
O ideal é centralizar todo o atendimento em uma plataforma oficial que use a API do WhatsApp Business, que garanta segurança, criptografia e conformidade com a LGPD.
Dê ao cliente o poder sobre seus dados
A LGPD garante o direito de o cliente pedir acesso, correção ou exclusão dos seus dados. Ter um processo simples para atender esses pedidos (como uma resposta automática com orientações) mostra que sua empresa é séria e organizada.
Treine sua equipe para agir com responsabilidade
De nada adianta seguir a lei se os colaboradores não sabem como aplicar na prática. Oriente sua equipe a nunca compartilhar dados de clientes fora do ambiente corporativo, e a sempre confirmar com quem estão falando antes de enviar informações sensíveis.
Use uma plataforma que garanta segurança e rastreabilidade
Utilizar uma plataforma de atendimento que siga as diretrizes da Meta as legislações brasileiras é o passo inicial para uma PME que quer continuar atendendo pelo WhatsApp garantindo a segurança dos dados e informações dos seus clientes.
Com uma plataforma terceira, você simplifica todo o processo de coletar e proteger os dados de seus consumidores. Você tem acesso ao histórico das conversas, informações salvas e organizadas, segurança elevada devido a utilização de uma plataforma parceira da Meta, automatização do atendimento e uma redução de custos em comparação ao alto investimento necessário para implementar uma equipe específica em segurança de informação.
Adeque a LGPD na sua empresa com a Poli Digital
Sua empresa pode continuar vendendo e atendendo pelo WhatsApp sem correr riscos com a LGPD. Com as ferramentas da Poli Digital, você une praticidade, segurança e conformidade em um só lugar, reduzindo custos e garantindo que todos os dados e conversas estejam protegidos conforme as diretrizes da Meta e da legislação brasileira.
Para ver mais conteúdos sobre segurança, atendimento no WhatsApp e tecnologia, acesse nossa página do blog clicando aqui.
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